Jovens Profissionais Temem Perder Empregos para Inteligência Artificial, Mostram Pesquisas
A inteligência artificial (IA) está transformando o mercado de trabalho, mas também gera preocupação entre jovens profissionais. Pesquisas recentes indicam que a Geração Z teme que a automação substitua funções importantes, afetando desde setores operacionais até áreas administrativas e financeiras.
Cresce o medo da automação entre jovens
No Brasil, estudos revelam números expressivos sobre o impacto da IA no emprego:
-
56% dos brasileiros que conhecem tecnologia de IA temem perder suas profissões para máquinas (Datafolha).
-
72% da Geração Z demonstra preocupação com a substituição de seus cargos por sistemas automatizados (Think Work).
-
Profissionais de funções repetitivas ou operacionais são os mais vulneráveis, enquanto cargos criativos e técnicos apresentam menor risco imediato.
Cenário global: Europa e América Latina
O temor não é exclusivo do Brasil. Pesquisas internacionais mostram tendências semelhantes:
-
43% dos trabalhadores suíços temem que a IA impacte seus empregos; 76% acreditam em cortes decorrentes da automação (EY).
-
Na Polônia, 38% dos jovens de 18 a 24 anos se preocupam com o risco de perder o emprego para IA (Pracuj.pl).
-
A CEDEFOP alerta que setores como transporte, serviços administrativos e atendimento ao cliente estão entre os mais suscetíveis à automação.
Impacto da IA no setor financeiro
O setor bancário já sente os efeitos da automação. Bancos tradicionais e fintechs adotam sistemas inteligentes para agilizar processos, análise de crédito e atendimento ao cliente.
Exemplo: o Deutsche Bank planeja cortar cerca de 2.000 empregos no setor de varejo até 2025, parte de sua estratégia de eficiência operacional com uso de tecnologia e IA.
Embora não haja estudo específico sobre o medo de jovens no banco, a adoção crescente de IA reforça a percepção de ameaça à estabilidade profissional.
Como se preparar para o futuro do trabalho
Especialistas recomendam estratégias para reduzir o impacto da automação:
-
Educação contínua: cursos de tecnologia, análise de dados e inteligência artificial aumentam a empregabilidade.
-
Habilidades criativas e humanas: competências como comunicação, pensamento crítico e empatia são menos substituíveis por IA.
-
Requalificação profissional: programas governamentais e privados podem ajudar a adaptar trabalhadores a funções de maior valor agregado.
Mariana Lopes, consultora em recursos humanos, afirma:
“O mercado não vai desaparecer, mas a forma como trabalhamos certamente mudará. Adaptar-se é essencial.”
Políticas públicas e proteção social
Além da capacitação, políticas públicas e incentivos à inovação são fundamentais. Países da Europa e algumas empresas brasileiras já implementam programas de requalificação, preparando a força de trabalho para lidar com a automação e a inteligência artificial.
Conclusão
A inteligência artificial traz desafios e oportunidades. O medo de perder empregos é real, especialmente entre jovens profissionais, mas a educação contínua, a adaptação às novas tecnologias e a inovação podem transformar a ameaça em vantagem, garantindo competitividade em um mercado de trabalho cada vez mais digitalizado.

